Em pleno século 21, marquises ainda caem e fazem vítimas fatais. Em 2015, houve 15 casos registrados de marquises que desabaram no país – três delas com vítimas. A estatística pode ser maior, pois há casos que não são comunicados aos organismos de fiscalização. Até meados de 2016 aconteceram nove desabamentos de marquises construídas em concreto armado, causando cinco mortes e deixando três pessoas que foram hospitalizadas.
Marquises tem caído do sul ao norte do país. Mas em um estado o volume de quedas de marquises é maior: o Rio Grande do Sul. Só em 2016, houve dois desabamentos e três mortes. Em 25 de abril, em São Leopoldo, uma pessoa morreu e outra ficou ferida. Em 21 de julho, foram duas vítimas fatais em Porto Alegre. Neste acidente recente houve sobrecarga na estrutura, concluiu o CREA-RS.
O professor Marcelo Medeiros, coordenador da pós-graduação em engenharia da construção civil da UFPR (Universidade Federal do Paraná), conta que as principais causas que levam as marquises ao colapso estão relacionadas às:
1 – Deficiências de projeto,
2 – Mau posicionamento das armaduras,
3 – Corrosão de armaduras,
4 – Sobrecarga e
5 – Escoramento em desacordo com a técnica.
Ainda lembra que dois problemas fundamentais fazem com que as marquises caiam. Um é conceitual: alguns especialistas as projetam como se fossem lajes.
O outro está relacionado à manutenção. Segundo Marcelo Medeiros, marquises precisam ser constantemente avaliadas, o que dificilmente ocorre no Brasil.
“Marquises fogem à regra de que o concreto avisa quando vai desabar. Elas simplesmente caem”, afirmou, em palestra no 1º Simpósio Paranaense de Patologia de Construções (SPPC)
Veja a matéria completa em http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/Marquises_quedas.pdf